XXVI
Cessou da noite a grão solenidade
Consagrada à tristeza e a memorandas
Recordações: os monges se prostraram,
A face unida à pedra. A mim, a todos,
Correm dos olhos lágrimas suaves
De compunção. Ateu, entra no templo;
Não temas esse Deus, que os lábios negam
E o coração confessa. A corda do arco
Da vingança, em que a morte se debruça,
Frouxa está; Deus é bom: entra no templo.
Tu, para quem a morte ou vida é forma,
Forma somente de mais puro barro,
Que nada crês, e em nada esperas, olha,
Olha o conforto do cristão. Se o cálix
Da amargura a provar os Céus lhe deram,
Ele se consolou: bálsamo santo
Piedosa fé no coração lhe verte.
«Deus compaixão terá!» Eis seu gemido:
Porque a esperança lhe sussurra em torno:
«Aqui, ou lá... a Providência é justa.