A Harpa do Crente - Cap. 7: O SOLDADO Pág. 88 / 117

Que me importa o loureiro da encosta?

Que me importa da fonte o ruído?

Que me importa o saudoso gemido

Da rolinha sedenta de amor?

Que me importam outeiros cobertos

Da verdura da vinha, no Estio?

Que me importa o remanso do rio,

E, na calma, da selva o frescor?

Que me importa o perfume dos campos,

Quando passa da tarde a bafagem,

Que se embebe, na sua passagem,

Na fragrância da rosa e aleli?

Que me importa? Pergunta insensata!

É meu berço: a minha alma está lá...

Que me importa... Esta boca o dirá?!

Minha pátria, estou louco... menti!

Eia, servos! O ferro se cruze,

Assobie o pelouro nos ares;

Estes campos convertam-se em mares,

Onde o sangue se possa beber!

Larga a vala!, que, após a peleja,

Todos nós dormiremos unidos!

Lá, vingados, e do ódio esquecidos,

Paz faremos.





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