- Ai isso é que não sobe! - disse George empertigado.
A rapariga sorriu sardonicamente.
- Ai não subo, pois não? Olhe: deixe-me dizer-lhe que conheço mais tipos da universidade e mais me conhecem e ficam felizes por me levarem a uma festa, do que você alguma vez viu em toda a sua vida.
- Pode ser...
- Pode ser - interrompeu ela. - Está tudo certo para aquelas como a que agora saiu a correr - sabe Deus onde ela foi - está tudo certo, para essas que são convidadas, saírem ou entrarem conforme lhes apetece, mas quando eu quero ver um amigo, logo vem um criado reles, sorrateiro e serviçal, que se pespega à porta e não me deixa entrar.
- Olhe lá - disse o Key mais velho, indignado -, eu cá não posso perder o emprego. Se calhar, esse tipo de quem fala não quer vê-la.
- Ai quer ver-me, quer!
- Mas como é que eu havia de o encontrar entre aquela gente toda?
- Ele há-de lá estar - assegurou ela confiante.
- Pergunte a qualquer pessoa por Gordon Sterrett e logo lho indicam. Estes tipos conhecem-se todos uns aos outros.
Mostrou um saco de malha e tirando uma nota de dólar entregou-a a George.
- Tome lá, aqui tem uma gorjeta - disse ela. - Encontre-o e dê-lhe o meu recado. Diga-lhe que se não estiver aqui dentro de cinco minutos, subo eu.
George abanou a cabeça, pessimista, considerou o problema por um momento, gesticulou violentamente e retirou-se.
Em menos do que o tempo concedido, Gordon veio para baixo. Estava mais, bêbedo do que estivera no começo da noite, e de uma maneira diferente. O álcool parecia ter-se colado a ele como uma crosta. Estava pesado e cambaleante - quase incoerente quando falava.
- Olá, Jewel - disse com voz empastada. - Já saio, Jewel, não pude arranjar o dinheiro.