Eneida - Cap. 10: A Assembleia dos Deuses Pág. 194 / 235

Mezêncio ergueu os olhos para ele, ainda altivo, apesar de estar à mercê do inimigo, e retrucou:

— Inimigo cruel, porque me insultas e me ameaças com a morte? Nela não há nenhum crime. Não vim dar-te combate sem nela pensar, nem foi essa a atitude de Lauso quando me salvou. Só uma coisa te peço, se algum favor concedes ao adversário derrotado: permite que o meu corpo seja coberto com alguns punhados de terra. Sei que dos meus não posso esperar compaixão, mas sim ódio implacável. Sustém, eu te peço, a ânsia de vingança e concede que a meu filho faça companhia no sepulcro.

Quando terminou, recebeu a ponta da espada na garganta e, no mesmo momento, expirou.





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