Um aperto de coração, uma dor amarga, uma profunda melancolia apoderaram-se de Formosante; no seu sofrimento, meteu-se no leito, à espera que o vento mudasse; mas este soprou oito dias inteiros com uma violência desesperadora. A princesa, durante aquele século de oito dias, fazia a camareira ler-lhe romances: não que os batavos os soubessem fazer, mas, como eram os empreiteiros do universo, vendiam o espírito das outras nações, assim como os seus gêneros. A princesa mandou comprar no estabelecimento de Marc-Michel Rey todas as histórias que haviam escrito entre os ausonianos e velches, e cuja venda era sabiamente proibida nessas nações, para enriquecer os batavos; esperava encontrar naquelas histórias alguma aventura que se assemelhasse à sua e que embalasse o seu pesar. Irla lia, a fênix dava a sua opinião, e a princesa nada encontrava na Camponesa Enriquecida, nem no Sofá, nem nos Quatro Facardenses, que tivesse a mínima relação com as suas aventuras; a todo instante interrompia e leitura para indagar de que lado soprava o vento.