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Capítulo 14: Capítulo 14

Página 100

A criada julgava que sua ama delirava; mas não a contrariou.

– Teve carta dele a fidalga? – tornou ela, cuidando que assim lhe alimentava aquele instante de febril contentamento.

– Tive… queres ouvir?… eu leio…

E leu a carta, com grande pasmo de Constança, que se convenceu.

– Agora vamos rezar, sim?… Tu não és inimiga dele, não? Olha, Constança, se eu casar com ele, tu vais para a nossa companhia. Verás como és feliz. Queres ir, não queres?

– Sim, minha senhora, vou; mas ele conseguirá livrar-se da morte?

– Livra; tu verás que livra; o pai dele há-de livrá-lo… e a Virgem Santíssima é que nos há-de unir. Mas se eu morro… se eu morro, meu Deus!

E com as mãos convulsivamente enlaçadas sobre o seio, Teresa arquejava em pranto.

– Se eu já não tenho forças!… Todos dizem que eu morro, e o médico já nem me receita!… Então melhor me fora ter acabado antes desta hora! Morrer com esperanças, ó Mãe de Deus!

E ajoelhou ante o retábulo devoto que trouxera do seu quarto de Viseu, ao qual sua mãe e avó já tinham orado, e em cujo rosto compassivo os olhos das duas senhoras moribundas tinham apagado os seus últimos raios de luz.

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pág. 100 (Capítulo 14)

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Capa do livro Amor de Perdição
Páginas: 145
Página atual: 100

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 10
Capítulo 4 16
Capítulo 5 23
Capítulo 6 29
Capítulo 7 36
Capítulo 8 45
Capítulo 9 55
Capítulo 10 64
Capítulo 11 70
Capítulo 12 81
Capítulo 13 87
Capítulo 14 94
Capítulo 15 101
Capítulo 16 107
Capítulo 17 113
Capítulo 18 119
Capítulo 19 123
Capítulo 20 128
Capítulo 21 133
Capítulo 22 139