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Capítulo 20: Capítulo 20

Página 132

Nenhum estorvo impedia o embarque de Mariana, que se apresentou ao corregedor do crime como criada do degredado, com passagem paga por seu amo.

– E a passagem vale-a bem! – disse o galhofeiro magistrado. Simão assistiu ao encaixotar da sua bagagem, numa quietação terrível, como se ignorasse o seu destino.

Quis muitas vezes escrever a derradeira carta à moribunda Teresa, e nem sinal de lágrimas podia já enviar-lhe no papel.

– Que trevas, meu Deus! – exclamava ele, e arrancava a mãos-cheias os cabelos. – Dai-me lágrimas, Senhor! Deixai-me chorar, ou matai-me, que este sofrimento é insuportável!

Mariana contemplava estarrecida estes e outros lances de loucura, ou os não menos medonhos da letargia.

– E Teresa! – bradava ele, surgindo subitamente do seu espasmo. – E aquela infeliz menina que eu matei! Não hei-de vê-la mais, nunca mais! Ninguém me levará ao degredo a notícia da sua morte! E, quando eu a chamar para que me veja morrer digno dela, quem te dirá que eu morri, ó mártir?!

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pág. 132 (Capítulo 20)

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Capa do livro Amor de Perdição
Páginas: 145
Página atual: 132

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 10
Capítulo 4 16
Capítulo 5 23
Capítulo 6 29
Capítulo 7 36
Capítulo 8 45
Capítulo 9 55
Capítulo 10 64
Capítulo 11 70
Capítulo 12 81
Capítulo 13 87
Capítulo 14 94
Capítulo 15 101
Capítulo 16 107
Capítulo 17 113
Capítulo 18 119
Capítulo 19 123
Capítulo 20 128
Capítulo 21 133
Capítulo 22 139