Venceu o primeiro. Aquele punhal tinto de sangue inocente, pela segunda vez, derramado, entrou no coração de João Leite, e matou-o.
Isto foi obra dalguns segundos, João Leite gritara nas convulsões da morte; acudiram os criados, e encontraram Bernardo da Silva, de braços cruzados ao pé do cadáver, que vibrava nos seus derradeiros estorcimentos.
Paulo Botelho também acudiu. Primeiro recuou aterrado; depois gritou "Matem esse homem!" E vendo que ninguém de pronto lhe aceitava o diploma de assassino, mandou-o carregar de ferros.
Bernardo caminhou para o cárcere, com a fronte altiva, com nobreza de passo, com serenidade de consciência e maneira dum príncipe, segundo a linguagem popular dos que o viram.