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Capítulo 15: Capítulo 15

Página 289

- Minha Dionísia, tu percebes... Eu fiquei de confessar aqui a menina Amélia. É um caso muito sério... Volta daqui a meia hora. Toma! meteu-lhe três placas na mão.

A Dionísia descalçou os sapatos, desceu em pontas de pés e fechou- se na loja do carvão.

Ele voltou ao quarto com a luz. Amélia lá estava, imóvel, toda pálida. O pároco fechou a porta - e foi para ela, calado, com os dentes cerrados, soprando como um touro.

* * *

Meia hora depois Dionísia tossiu na escada. Amélia desceu logo, muito embrulhada na manta: ao abrirem a porta do pátio passavam na rua dois borrachos galrando: Amélia recuou rapidamente para o escuro. Mas Dionísia daí a pouco espreitou; e vendo a rua deserta:

- Está a barra livre, minha rica menina...

Amélia embrulhou mais o rosto e apressaram o passo para a Rua da Misericórdia. Já não chovia; havia estrelas; e uma frialdade seca anunciava o Norte e o bom tempo.

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Capa do livro O Crime do Padre Amaro
Páginas: 478
Página atual: 289

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 10
Capítulo 3 19
Capítulo 4 45
Capítulo 5 59
Capítulo 6 77
Capítulo 7 93
Capítulo 8 111
Capítulo 9 123
Capítulo 10 142
Capítulo 11 182
Capítulo 12 204
Capítulo 13 217
Capítulo 14 236
Capítulo 15 272
Capítulo 16 290
Capítulo 17 313
Capítulo 18 319
Capítulo 19 344
Capítulo 20 361
Capítulo 21 376
Capítulo 22 395
Capítulo 23 425
Capítulo 24 455
Capítulo 25 469