Só o Craft sustentou que Carlos lhe devia ter antes dado «bengaladas secretas»; e o Taveira achou cruel que se dissesse ao desgraçado, com um florete ao peito - «ou a dignidade ou a vida!»
Mas dias depois não se falava mais nesse escândalo. Outras coisas interessavam o Chiado e a Casa Havaneza. O ministério fora formado, finalmente! Gouvarinho entrava na Marinha - Neves no Tribunal de Contas. Já os jornais do governo caído começavam, segundo a pratica constitucional, a achar o país irremediavelmente perdido, e a aludir ao rei com azedume... E o derradeiro, esvaído eco da carta do Dâmaso foi, na véspera do sarau da Trindade, um parágrafo da própria Tarde onde ela fora publicada, nestas amáveis palavras:
- «O nosso amigo e distinto sportman Dâmaso Salcede parte brevemente para uma viagem de recreio a Itália. Desejamos ao elegante turista todas as prosperidades na sua bela excursão ao país do canto e das artes.»