Durante quinze minutos falou com toda a gente com rudeza e de maneira um pouco ofensiva, e depois escorregou silenciosamente para debaixo da mesa. Como um homem numa publicação antiga mas, ao contrário da publicação antiga, foi bastante horrível sem ser interessante. Nenhuma das raparigas presentes fez qualquer observação acerca do incidente, que mereceu apenas silêncio. O tio e dois outros homens levaram-no para cima, e foi exactamente depois disto que Paula foi chamada ao telefone.
Uma hora depois Anson acordou num nevoeiro de agonia nervosa, através do qual se apercebeu da figura do tio Robert ao lado da porta.
- … perguntei se estás melhor?
- O quê?
- Sentes-te melhor, meu velho?
- Horrível - disse Anson.
- Vou experimentar dar-te outra alka-seltzer. Se a aguentares ajuda-te a dormir.
Anson deitou as pernas fora da cama com esforço e pôs-se de pé.
- Estou bem - disse, taciturno.
- Tem cuidado.
- Acho que se me dessem um copo de brandy podia ir para baixo.
- Ah, não.
- Sim é a única coisa. Agora estou bem... Suponho que estou pelas ruas da amargura, lá em baixo.
- Sabem que estás um tanto grosso - disse o tio desaprovadoramente. - Mas não te rales com isso. O Schuyler nem chegou a vir cá. Morreu no vestiário do Links.
Indiferente a qualquer opinião, excepto à de Paula, Anson estava no entanto decidido a salvar o que restava da noite mas quando, depois de um banho frio, fez a sua aparição, a maior parte das pessoas já tinha partido. Paula levantou-se imediatamente para ir embora.
Na limusina, o velho diálogo sério recomeçou. Ela já sabia que ele bebia, admitiu, mas nunca esperara nada assim; parecia-lhe que talvez não fossem talhados um para o outro, afinal de contas. As suas ideias acerca da vida eram diferentes demais, e assim por diante.