George reflectiu.
- Claro, talvez possa. Mas vai demorar uma meia hora.
- Está bem - concordou Carrol -, nós esperamos.
Com isto Rose ia sentar-se numa cadeira próxima, mas foi posto de pé por um George indignado.
- Eh lá! Veja lá o que faz! Não pode sentar-se aqui! Esta sala está preparada para um banquete à meia-noite.
- Não vou sujá-la - disse Rose ressentido. - Já
fui à desinfecção.
- Não interessa - disse George com severidade; - se o chefe dos criados me visse aqui a conversar atirava-se a mim.
- Ah!
A referência ao chefe dos criados foi explicação suficiente para os outros dois; amachucaram os bivaques nervosamente nas mãos e ficaram à espera de uma sugestão.
Após um silêncio George disse: - Já sei; há um lugar onde vocês podem esperar; venham daí comigo.
Seguiram-no pela porta mais distante, através de uma despensa vazia e subiram umas escadas escuras em caracol, indo finalmente dar a um compartimento mobilado principalmente com montes de baldes e pilhas de vassouras e iluminado por uma única e pálida luz eléctrica. Deixou-os aí depois de lhes pedir dois dólares e de ter concordado regressar dentro de meia hora com uma garrafa de whisky.
- O George está a fazer dinheiro, até aposto - disse Key melancólico, enquanto se sentava sobre um balde invertido. - Aposto que está a ganhar cinquenta dólares por semana.
Rose acenou com a cabeça e cuspiu. - Também acho.
- Que baile disse ele que era?
- De uns tipos da universidade. Da Universidade de Yale.
Acenaram com a cabeça um para o outro com solenidade.
- Onde é que estarão agora aqueles soldados todos?
- Não sei. O que sei é que é muito longe para eu ir a pé.
- E eu também. Ninguém me apanha a caminhar tanto.