- Bem - começou ela - ainda estás furioso comigo?
- Nem por sombras.
Ela deu um passo em frente e tomou-lhe o braço. - Desculpa - disse com suavidade. - Não sei porque reagi daquela maneira. Estou hoje de muito mau humor, por qualquer estranho motivo. Desculpa.
- Não fez mal - resmungou ele - nem se fala mais nisso.
Sentia-se desagradavelmente embaraçado. Estaria ela a insistir no facto do seu recente falhanço?
- Foi um erro - continuou ela, no mesmo tom conscientemente afável. - Vamos ambos esquecer. - E, por isto, ele odiou-a.
Uns minutos depois deslizavam pelo pavimento enquanto os doze membros da orquestra de jazz especialmente contratada, agitando-se e suspirando, informavam a sala apinhada de que «se me deixarem sozinho com um saxofone, então nós dois estaremos felizes!»
Um homem de bigode fê-los parar.
- Olá - começou, com ar reprovado r. - Não se lembra de mim?
- Não consigo lembrar-me do seu nome - disse ela graciosamente - e conheço-o tão bem!
- Conhecemo-nos em... - a voz apagou-se desconsoladamente quando um homem de cabelo muito loiro os interrompeu. Edith murmurou um «Montes de agradecimentos - apareça mais tarde» convencional para o inconnu.
O homem muito loiro insistiu em trocar entusiásticos apertos de mão. Ela calculou que se tratava de um dos numerosos Tonis dos seus conhecimentos - sendo o apelido um mistério. Lembrava-se até de que ele tinha um ritmo especial a dançar e quando começaram verificou que tinha razão.
- Vai estar cá muito tempo? - segredou ele em tom de confidência.
Ela curvou-se para trás e olhou para ele. - Umas duas semanas.
- Onde está instalada?
- No Biltmore.