A Década Perdida - Cap. 2: O DIAMANTE DO TAMANHO DO RITZ Pág. 99 / 182

John e as duas irmãs ultrapassaram os degraus de mármore, viraram à esquerda e começaram a subir um caminho estreito que serpenteava, como uma cobra à volta da montanha de diamante. Kismine sabia de um lugar densamente arborizado a meio do caminho para cima, onde poderiam ficar escondidos e, ao mesmo tempo, observar a noite assustadora lá em baixo no vale - e finalmente fugir, quando fosse necessário, por um caminho secreto que conduzia a uma ravina pedregosa.

X

Eram três horas da madrugada quando chegaram ao seu destino. A amável e fleumática Jasmine adormeceu imediatamente, encostada ao tronco de uma grande árvore, enquanto John e Kismine se sentavam ele com o braço em volta dela, e observavam o desesperado desenrolar da batalha que morria entre as ruínas de uma paisagem que nessa manha era ainda um jardim. Pouco depois das quatro horas, a última arma que restava produziu um som estridente e ficou fora de combate, numa língua veloz de fumo vermelho; Embora a lua estivesse encoberta, viram que os corpos voadores faziam círculos mais perto da terra. Quando os aviões tiveram a certeza de que os sitiados não tinham mais recursos, aterraram, e o Sinistro e resplandecente reino dos Washingtons chegou ao fim.

Com o cessar fogo o vale ficou tranquilo. As brasas dos dois aviões brilhavam como olhos de algum monstro rastejando sobre vidro. O castelo estava escuro e silencioso, belo sem luz como fora belo ao sol, enquanto as repetidas imprecações de Nemésls enchiam o ar com um lamento que aumentava e se esbatia. Então John apercebeu-se de que Kisrnine, tal como a irmã, adormecera profundamente.

Foi muito depois das quatro horas que ele se deu conta de passos ao longo do caminho que tinham seguido, e esperou num silêncio sufocado que as pessoas a quem eles pertenciam ultrapassassem o local de segurança onde se encontravam.





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