Não havia esperança para ele. Buck era inexorável. A misericórdia era coisa reservada para os climas mais suaves. Preparou-se para o ataque final. O círculo apertara-se tanto que ele sentia nos flancos o bafo dos cães-lobos. Podia vê-los, por trás de Spitz e de ambos os lados, meio agachados para o salto e com os olhos fixos nele. Parecia ter-se feito uma pausa Os animais mantinham-se imóveis, como que putrificados. Apenas Spitz estremecia e se eriçava, a cambalear de um lado para o outro e rosnando ameaças terríveis, como que a querer assustar a morte iminente. Nessa altura, Buck deu um pulo para o centro, para logo recuar; mas, quando no centro, a sua espádua foi embater em cheio na do inimigo, o círculo negro tornou-se numa pequena mancha na neve banhada de luar e Spitz desapareceu da vista Buck assistia, impávido, qual campeão vitorioso, imagem viva da fera primitiva e dominadora que fizera a matança e dela tiraria prazer.