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Capítulo 5: Capítulo 5

Página 54

— Não há dúvida de que percebes muito de cães! escarneceu o irmão. — Deixa-me mas é em paz. O que eles são é uns preguiçosos e só a chicote se conseguirá alguma coisa deles. É como te digo. Pergunta-o a quem quiseres. Olha, pergunta a um desses homens.

Mercedes voltou-se para eles em ar de súplica, com urna invencível repugnância pela visão da dor desenhada no rosto bonito.

— Se quer saber, o que eles estão é a cair de fracos — foi a resposta de um deles. — Estoirados de todo, e o resto é conversa. Um bom descanso é o que eles precisam.

— Para o raio com o descanso! — deixou Hal escapar dos lábios púberes; e Mercedes soltou um «Oh!» de consternação e dor ao ouvi-lo.

Mas ela era uma criatura gregária, e imediatamente correu em defesa do irmão.

— Não te rales com o que aquele homem diz — exclamou sem qualquer hesitação. — És tu quem guia os cães, por isso faz o que melhor entenderes.

De novo o chicote de Hal caiu sobre os cães. Estes arremessaram-se de encontro às correias, enterraram as paras na neve batida, inclinaram-se rentes a ela e puxaram com quanta força tinham. O trenó, no entanto, parecia pregado ao chão. Após duas tentativas, quedaram-se arquejantes. O chicote zimbrava sem dó nem piedade, quando Mercedes de novo interveio. Caiu de joelhos diante de Buck e, com os olhos rasos de lágrimas, lançou-lhe os braços em volta do pescoço.

— Coitadinhos, pobres criaturas! — dizia ela, chorando condoída. — Porque não puxam com força? Assim ninguém lhes batia.

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Capa do livro O apelo da floresta
Páginas: 99
Página atual: 54

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 6 67
Capítulo 7 82
Capítulo 1 1
Capítulo 2 13
Capítulo 3 23
Capítulo 4 39
Capítulo 5 50