No Verão há, no entanto, sempre alguém que, sem que os Yeehats o saibam, visita esse vale. Trata-se de um lobo enorme e de pêlo resplandecente, que, embora semelhante, se diferencia muito dos outros lobos. Sozinho atravessa a região esplendorosa das florestas e desce até uma clareira aberta entre o arvoredo. Aí, um fio de líquido amarelo corre de sacas de pele de veado apodrecidas e some-se no solo, por entre a erva alta que nele cresceu e o musgo que o invadiu, escondendo do sol a sua cor amarela; e aí o lobo se queda absorto durante algum tempo, uivando longa e lugubremente antes de partir.
Mas nem sempre anda só. Quando chegam as longas noites de Inverno e os lobos perseguem a caça até aos vales mais baixos, ele pode ser visto correndo à cabeça da alcateia, através da claridade pálida da aurora boreal, elevando-se gigantesco acima dos companheiros, a poderosa garganta Troando os ares, enquanto entoa a canção do princípio do mundo, a canção da alcateia.