Lindo...
Toda a gente à espera. Bem-vindo a casa, Stephen! A algazarra das boas-vindas. A mãe a beijá-lo. Deveria fazê-lo? O pai era marechal, agora; mais do que magistrado. Bem-vindo a casa, Stephen!
Rumores...
O rumor das argolas correndo pelos varões, da água a jorrar sobre os lavatórios. O rumor dos rapazes a levantarem-se e a lavarem-se no dormitório; um bater de palmas quando o prefeito passou por entre as camas, dizendo aos rapazes que se apressassem.
Uma pálida claridade revelou os cortinados amarelos corridos, as camas desmanchadas. A sua cama estava muito quente e ele sentia o rosto e o corpo a arder.
Levantou-se e sentou-se na beira da cama. Sentia-se fraco. Tentou enfiar uma meia. O seu contacto pareceu-lhe horrivelmente áspero. A luz do Sol era estranha e fria.
Fleming perguntou:
- Não te sentes bem?
Não sabia ao certo. E Fleming disse:
- Mete-te na cama. Vou dizer ao McGlade que não estás bem.
- Ele está doente.
- Quem?
- Vai dizer ao McGlade.
- Mete-te na cama.
- Ele está doente?
Um colega amparou-o enquanto ele se livrava da meia, que continuava enfiada no pé, e se voltava a meter na cama quente.
Encolheu-se entre os lençóis, deliciado com o calor que o envolvia. Ouvia os outros a falar a seu respeito, enquanto se vestiam para a missa. Tinha sido uma coisa indecente, empurrá-lo para dentro do fosso, diziam todos.
Depois, as suas vozes cessaram; tinham partido. Uma voz junto da sua cama disse:
- Dedalus, tu não vais denunciar-me, pois não?
Era o rosto do Wells. Olhou-o e viu que Wells estava com medo.
- Não fiz de propósito. Garantes que não vais contar?
O pai tinha-lhe dito que não deveria, em circunstância alguma, denunciar um camarada. Abanou a cabeça e respondeu que não e sentiu-se feliz.