Fá-lo-á? E seria capaz de se arrepender? Sim, e até mesmo de derramar duas lágrimas de crocodilo, uma de cada olho.
Ao atravessar o parque de Stephen, ou seja, o meu, recordei-me de que foram os compatriotas dele e não os meus que inventaram aquilo a que Cranly, naquela noite, chamou a nossa religião. Um grupo de quatro deles, soldados do nonagésimo sétimo regimento de Infantaria, sentou-se aos pés da cruz e jogou aos dados a túnica do crucificado.
Fui à biblioteca. Tentei ler três ensaios. Inútil. Ela ainda não saiu. Sentir-me-ei alarmado? Porquê? Por ela não voltar a sair mais.
Blake escreveu:
Será que William Bond vai morrer?
Porque, decididamente, está muito doente.
- Coitado do William!
Assisti uma vez a um diorama na Rotunda. No final, mostraram imagens de figuras importantes. Entre outras, a de William
Ewart Gladstone, que acabara de morrer.
Que raça de labregos!
30 de Março, de manhã. Uma noite de sonhos agitados. Preci8P de extrai-los do meu peito.
Uma longa galeria cheia de curvas. Do chão, saem colunas de vapores negros. Está povoada pelas imagens de reis fabulosos, montados em pedra. Têm todos as mãos cruzadas sobre os joelhos, em sinal de fadiga e os seus olhos estão sombrios porque os mitos dos homens passam diante deles, sem cessar, na forma de vapores negros.
Saem estranhas figuras de uma caverna. Não chegam a ter uma estrutura humana. Parecem não estar completamente desligadas umas das outras. Os seus rostos são fosforescentes, com riscas mais sérias. Olham-me e os seus olhos parecem perguntar qualquer coisa, Não falam.
30 de Março. Esta tarde, Cranly estava no pórtico da biblioteca, propondo um problema à Dixon e ao irmão dela.