Retrato do Artista Quando Jovem - Cap. 1: I Pág. 52 / 273

Porque não se recordaria do nome quando lho dissera pela primeira vez? Não estaria a prestar atenção, da primeira vez, ou estaria a gozar com o seu nome? Os grandes homens da história tinham nomes como o seu e ninguém troçava deles. Se queria gozar, fizesse-o com o seu próprio nome. Dolan: era nome de lavadeira.

Tinha alcançado a porta e, voltando rapidamente para a direita, subiu as escadas e, antes que pudesse mudar de opinião, tinha penetrado no corredor baixo, escuro e estreito que levava ao castelo.

E, ao atravessar o limiar da porta do corredor, viu, sem ter necessidade de voltar a cabeça para olhar, que todos os rapazes o seguiam com o olhar, desfilando na forma.

Continuou a avançar pelo corredor escuro, passando por pequenas portas, que eram as entradas para os quartos da comunidade. Olhou em frente e para a direita e para a esquerda e calculou que fossem os retratos. Tudo estava escuro e silencioso e os seus olhos estavam muito fracos e fatigados pelas lágrimas, de modo que não conseguia ver. Mas pensou que se tratava dos retratos dos santos e dos homens da ordem que o fitavam silenciosamente, enquanto caminhava: Santo Inácio de Loiola, segurando o seu livro apontando para as palavras Ad Majorem Dei Gloriam nele II ti h.rs: São Francisco Xavier, apontando para o peito; Lourenço com um barrete na cabeça como os dos prefeitos das formas; patronos da santa juventude - São Estanislau Kostka, e o Bem-Aventurado João Berchmans -, todos com imagens jovens, porque tinham morrido na juventude, e o padre Peter sentado num cadeirão e enrolado numa grande capa.

Chegou ao patamar por cima do vestíbulo e olhou em volta. Tinha passado Hamilton Rowan e ainda lá se encontravam os buracos das balas. Naquele local, tinham os velhos avistado com a sua capa branca de marechal.





Os capítulos deste livro