Orgulho e Preconceito - Cap. 47: Capitulo XLVII Pág. 305 / 414

Viajaram o mais rapidamente possível. E dormindo uma noite na estrada alcançaram Longbourn no dia seguinte, à hora do jantar. Foi um consolo para Elizabeth saber que, pelo menos, Jane não tinha esperado muito tempo. Quando a carruagem entrou no jardim e se aproximou da porta de casa, todos os pequenos Gardiner, atraídos pelo rumor, vieram se colocar nos degraus da escada. E quando o carro parou manifestaram a sua alegria com muitos pulos e piruetas.

Elizabeth saltou. E, depois de dar a cada um, um rápido beijo, correu para o vestíbulo, onde se encontrou com Jane, que estava no quarto da mãe e que tinha descido apressadamente a escada. Abraçaram-se afetuosamente, com lágrimas nos olhos. Elizabeth, sem perder um só instante, perguntou se tinha sabido alguma coisa dos fugitivos.

- Ainda não - replicou Jane. - Mas, agora que o nosso caro tio chegou, espero que tudo vá melhor.

- Papá está em Londres?

- Está, foi na terça-feira, conforme escrevi.

- Já tiveram notícias dele?

- Sim, escreveu uma vez. Escreveu-me umas linhas na quarta-feira, dizendo que tinha chegado bem e dando o seu endereço, coisa que eu tinha pedido a ele particularmente. Acrescentou também que não escreveria mais até que tivesse algo de importante a comunicar.

- E mamã, como está ela? Como vão todos?

- Mamã vai regularmente, embora esteja muito deprimida. Está lá em cima e teria" muito prazer em vê-los todos. Não sai ainda do quarto. Mary e Kitty, graças a Deus, vão muito bem.

- E você, como vai você? - exclamou Elizabeth. - Parece pálida! Por quanta aflição não deve ter passado!

Jane, entretanto, perseverou na afirmação de que estava perfeitamente bem. O colóquio foi interrompido pela entrada de Mr. e Mrs. Gardiner, que até aquele momento tinham estado com as crianças.





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