Da última vez em que a vi, não prometia muito. Espero que ela acabe bem.
- Tenho certeza disto, pois já passou a idade mais perigosa.
- Passaram pela aldeia de Kympton?
- Não me lembro.
- Falo nisto porque é a sede da reitoria que devia ter sido minha. Um lugar encantador. A casa é excelente. Teria sido extremamente conveniente para mim. Muito. Eu teria considerado isto parte do meu dever, e o esforço, afinal, não seria tão grande assim. A gente não deve se queixar. Teria sido um lugar esplêndido para mim. A tranquilidade daquela vida teria cor-respondido a todas as minhas ideias de felicidade. Mas não tinha que ser. Darcy lhe falou alguma coisa sobre o caso, enquanto esteve no Kent?
- Ouvi de uma pessoa, que considero tão bem informada quanto ele, que a reitoria lhe foi deixada apenas condicionalmente, ao arbítrio do atual proprietário.
- Ah, sim? Realmente, existe alguma verdade nisto. Aliás, foi o que eu lhe disse desde o princípio, não se lembra?
- Ouvi dizer também que, numa certa época da sua vida, a necessidade de fazer sermões não lhe era tão agradável quanto atualmente. Ouvi dizer mesmo que tinha resolvido não se ordenar. E que neste sentido chegou a haver um acordo.
- Ah, ouviu dizer isto? E não foi sem fundamento. Deve se lembrar do que lhe falei a este respeito, quando falamos pela primeira vez neste assunto.
Estavam quase à porta da casa, pois Elizabeth tinha andado depressa para se ver livre dele.
Não querendo mais provocá-lo, por causa da irmã, ela respondeu apenas com um sorriso cordial:
- Vamos acabar com isto, Mr. Wickham, agora somos irmãos. Não devemos brigar por causa do passado. Para o futuro, espero que estejamos sempre de acordo.
Elizabeth estendeu a mão e ele a beijou com galante cordialidade, embora não soubesse que expressão tomar ao entrar em casa.