Tufão - Cap. 4: IV Pág. 58 / 103

Quando aquilo fosse levado pelas vagas, bem, ele seria naturalmente levado também. Não voltou a pensar nos coolies.

O capitão MacWhirr fizera Jukes compreender que queria que ele fosse lá abaixo - para ver.

- E que devo fazer com eles, sir? - O tremor de todo o seu corpo encharcado fazia a sua voz soar como um balido. - Ver primeiro... O mestre... diz... à deriva.

- O mestre é um idiota chapado - uivou Jukes, com voz tremente.

O absurdo daquilo que lhe exigiam revoltava Jukes.

Sentia tanta relutância em ir como se no momento em que deixasse o tombadilho o navio fosse infalivelmente para o fundo.

- Tenho de saber... não posso deixar...

- Eles acabam por ficar sossegados, sir,

- A lutar... o mestre diz que eles estão a lutar... Porquê? Não posso admitir... lutas a bordo do navio. Preferia conservá-lo aqui... caso… eu for borda fora. Acabe com isso... de qualquer maneira. Você verá e diz-me... através do tubo da casa das máquinas. Não quero... você ande de cá para lá. Perigoso... andar... tombadilho.

Jukes, com a cabeça firmemente presa, tinha de ouvir o que lhe pareciam horríveis sugestões.

- Não quero... você se perca... enquanto navio não se perder... Rout... homem competente... Navio... muitas... sobreviver isto... por enquanto está a aguentar bem.

Jukes compreendeu imediatamente que teria de ir.

- Acha que ele vai aguentar? - gritou. Mas o vento devorou a resposta, da qual Jukes ouviu apenas uma palavra, pronunciada com grande energia: «... Sempre...»

O capitão MacWhirr soltou Jukes e debruçando-se para o mestre gritou: «Volte com o imediato.» Jukes apenas percebeu que o braço saíra de cima dos seus ombros. Era despedido com as suas ordens - para fazer o quê? Estava tão irritado que largou o seu ponto de apoio descuidadamente, e nesse mesmo instante foi levado pelo vento.





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