Eles tinham sido agrupados numa massa compacta, depois de obrigados a submeterem-se, tendo recebido uns bofetões para baixar a excitação de mistura com palavras de encorajamento que soavam como ameaças. Agora estavam todos sentados na coberta em lúgubres fileiras pendentes e no fim o carpinteiro, ajudado por dois marinheiros movimentava-se activamente de um lado para outro, esticando e prendendo os cabos salva-vidas. O mestre, com uma perna e um braço em torno de uma coluna, lutava com um candeeiro apertado contra o peito, tentando arranjar luz e grunhindo a todo o instante como um gorila industrioso. Os vultos dos marinheiros dobravam-se frequentemente, com movimentos de ceifeiros, e tudo o que encontravam era arremessado para a carvoeira: roupas, estilhas de madeira, porcelana escaqueirada, e dólares também, encontrados em casacos de homem. De vez em quando um marinheiro dirigia-se a cambalear para a porta com os braços cheios de entulho; e os seus movimentos eram seguidos pelos olhos oblíquos e dolorosos dos celestes.
A cada balanço do navio as compridas fileiras de chineses sentados inclinavam-se para diante intermitentemente, e os seus mergulhos de proa faziam chocar a linha de cabeças rapadas de uma ponta à outra. Quando o barulho da água passando sobre o tombadilho cessava por um momento, parecia a Jukes, ainda todo trémulo dos esforços que fizera, que na sua luta desesperada ali em baixo tinha de certo modo levado a melhor sobre o vento: um silêncio tinha caído sobre o navio, um silêncio durante o qual o mar lhe martelava trovejantemente os flancos.