Com as palmas das mãos pousadas nos joelhos, dobrou o pescoço curto e soprou pesadamente, entregando-se a uma estranha sensação de lassidão que ele não era suficientemente esclarecido para reconhecer tratar-se da fadiga resultante da tensão mental.
De onde se encontrava podia alcançar a porta do armário do lavatório. Devia haver ali uma toalha. Havia. Bem... Tirou-a de lá, enxugou a cara, e depois pôs-se a friccionar a cabeça molhada. Secou-se energicamente no escuro, e depois ficou imóvel com a toalha nos joelhos. Passou um momento, de um silêncio tão profundo que ninguém poderia imaginar que se encontrava um homem sentado naquela cabina. Depois levantou-se um murmúrio.
- Ele ainda pode sobreviver a isto.
Quando o capitão MacWhirr saiu para o convés, coisa que fez bruscamente, como se tivesse ficado de súbito consciente de que se mantivera demasiado tempo afastado, a calma havia durado já mais de quinze minutos - o tempo suficiente para se tornar intolerável até para a sua imaginação. Jukes, imóvel na parte anterior da ponte, começou a falar imediatamente. A sua voz, inexpressiva e forçada como se estivesse a falar através dos dentes fortemente cerrados, parecia espalhar-se por todos os lados, tornando-se mais profunda de novo sobre ornar.
- Rendi o timoneiro. O Hackett começou a gritar que estava liquidado. Está ali estendido ao lado do aparelho do leme com uma cara que parece um morto. A princípio não conseguia ninguém que quisesse arrastar-se até aqui para render o pobre diabo. Esse mestre é do pior que há, eu sempre o disse. Pensei que teria de ir eu próprio arrastar um desses tipos pelo cachaço.
- Ah, bem - tornou o capitão. Mantinha-se vigilante ao lado de Jukes.
- O segundo-piloto também está lá dentro, com a cabeça nas mãos.