Na próxima vez será Diná a me passar incumbências...” E começou a imaginar o tipo de coisa que poderia acontecer: “‘Senhorita Alice! Venha aqui imediatamente e esteja pronta para o passeio!’‘Só um minuto, ama! Tenho que vigiar este buraco de rato até que Diná volte, para ver se o rato não sai.’ Mas eu não acredito muito”, Alice continuou pensando, “que vão deixar Diná ficar lá em casa, se ela começar a dar ordens desse jeito!”
Nesse momento, ela adentrou um quarto pequeno e asseado, com uma mesa junto à janela e, sobre a mesa (como ela esperava), um leque e dois ou três pares de pequenas luvas branquíssimas. Ela já ia saindo do quarto quando seus olhos toparam com uma garrafinha que estava perto do espelho. Dessa vez, não havia nenhum rótulo com os dizeres “BEBA-ME”; não obstante, ela destapou a garrafa e levou-a à boca. “Eu sei que algo interessante sempre acontece”, disse consigo, “quando eu como ou bebo alguma coisa: só quero ver o que esta garrafa faz. Espero crescer de novo, pois estou realmente cansada de ser uma coisinha tão pequena!”

Alice cresceu e continuou a crescer.
E de fato aconteceu, mas muito mais rápido do que ela esperava: antes de ter bebido a metade da garrafa, sentiu sua cabeça batendo contra o teto e teve de curvar-se para não quebrar o pescoço. Pôs logo a garrafa no chão, dizendo para si mesma, “acho que basta... espero não crescer ainda mais... pois assim como estou já não conseguirei passar pela porta... seria melhor não ter bebido tanto!”
Coitada!