Alice no País das Maravilhas - Cap. 1: 1 - Na Toca do Coelho Pág. 4 / 91

Alice não estava nem um pouco machucada, por isso levantou- se num instante: olhou para cima, mas estava tudo escuro. Diante dela havia outro longo corredor, e o Coelho Branco ainda estava à vista, correndo apressado. Não havia tempo a perder: Alice foi atrás dele como um raio, a tempo de ouvi-lo dizer, ao dobrar uma esquina: “Ai, minhas orelhas e meus bigodes, como está ficando tarde!” Estava bem perto dele quando fez a curva, mas o Coelho desaparecera. Alice achou-se numa sala comprida e baixa, iluminada por uma fileira de lâmpadas pendentes do teto.

Havia muitas portas em volta da sala, mas todas estavam fechadas. Depois de percorrer a sala de um lado e de outro, tentando abrir todas as portas, ela foi tristemente para o centro, perguntando-se como iria fazer para sair dali.

De repente, topou com uma mesa de três pés, toda feita de vidro: não havia nada em cima, a não ser uma chavezinha dourada. A primeira idéia de Alice foi que a chave deveria ser de uma das portas, mas — que nada! — ou as fechaduras eram grandes demais, ou a chave era muito pequena; de qualquer forma, não abria nenhuma delas. Entretanto, ao fazer um segundo giro pela sala, Alice encontrou uma cortina baixa, que não tinha notado antes. Atrás, havia uma pequena porta de cerca de quarenta centímetros de altura: experimentou a chavezinha dourada na fechadura e, para sua alegria, serviu!

A passagem era muito pequena
Alice encontra uma passagem tão pequena como um buraco de rato

Alice abriu a porta e viu que dava para uma pequena passagem, não muito maior que um buraco de rato: ajoelhou-se e entreviu pela passagem o jardim mais agradável que jamais vira.





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