“E voltar para a praia. É esta a primeira figura”, disse a Falsa Tartaruga, abaixando subitamente a voz. E as duas criaturas, que tinham pulado como loucas o tempo todo, sentaram-se outra vez, tristes e quietas, olhando para Alice.
“Deve ser uma dança muito bonita”, disse Alice timidamente.
“Você gostaria de ver um pouquinho?” perguntou a Falsa Tartaruga.
“Gostaria muito”, disse Alice.
“Vamos experimentar a primeira figura!” disse a Falsa Tartaruga ao Grifo. “Podemos fazer sem as lagostas, você sabe. Quem vai cantar?”
“Cante você”, disse o Grifo. “Eu esqueci a letra.”
Então começaram a dançar solenemente ao redor de Alice, pisando-lhe algumas vezes na ponta dos pés, quando passavam muito perto dela, e agitando as patas dianteiras para marcar o tempo, enquanto a Falsa Tartaruga, muito lenta e melancólica, cantava assim: A merluza disse à lesma: “Podes apressar-te mais?
Pisoteando minha cauda, vem um boto logo atrás!
Há lagostas, tartarugas: cada qual tem pressa e avança,
Todos lá na praia aguardam — vais ou não entrar na dança?
Vais ou não, tu vais ou não, tu vais entrar na dança?
Vais ou não, tu vais ou não, tu vais entrar na dança?
“E não fazes nem idéia de quão bom há de ficar
Quando junto das lagostas atirarem-nos ao mar!”
Mas a lesma, desconfiada, disse: “é muita essa distância,
Agradeço-te, merluza, mas não vou entrar na dança.” —
Não queria nem podia mesmo entrar na dança.
Não queria nem podia mesmo entrar na dança.
“Distância ou não, quem é que liga? É só seguir a nado,