A Falsa Tartaruga suspirou profundamente e, com voz entrecortada por soluços, começou a cantar assim: “Que bela sopa, rica e verdinha
vem fumegando numa terrina!
Por tal delícia quem não se inclina?
Sopa da noite, sopa gostosa,
sopa da noite, deliciosa!
Que bela sopa, opa, opa!
Que bela sopa, ooopa!
Sopa da noite, opa, opa,
que boa sopa!
Que bela sopa, farta e quentinha,
quem comeria peixe ou galinha?
Quem não dá tudo pela sopinha
apetitosa, rica e verdinha?
Quem não dá tudo pela sopinha?
Que bela sopa, opa, opa!
Que bela sopa, ooopa!
Sopa da noite, opa, opa,
que boa sopa!”
“O coro outra vez!” clamou o Grifo, e a Falsa Tartaruga apenas começara a repeti-lo quando se ouviu um grito à distância: “O julgamento está começando!”
“Vamos!” berrou o Grifo e, tomando Alice pela mão, saiu correndo sem esperar o final da canção.
“Que julgamento?” perguntou Alice, arquejando enquanto corria. Mas o Grifo apenas disse: “Vamos!” e correu ainda mais rápido, enquanto se podiam ouvir, cada vez mais sumidas, carregadas pelo vento que os seguia, as melancólicas palavras:
“Sopa da noite, opa, opa,
que boa sopa!”