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Capítulo 20: Capítulo 20

Página 313

- É inútil dizer-me que vai doravante ser bom - exclamou Lord Henry, molhando os alvos dedos numa taça de cobre cheia de água de rosas. - Você é absolutamente perfeito. Não mude, peço-lhe.

Dorian Gray abanou a cabeça.

- Não, Henry, tenho na minha vida feito coisas terríveis. Não quero continuar a fazê-las. Iniciei ontem as minhas boas acções.

- Onde esteve ontem?

- No campo, Henry. Estive sozinho numa pequena estalagem.

- Meu caro - disse, sorrindo, Lord Henry -, no campo qualquer pessoa pode ser boa. Não há lá tentações. É essa a razão por que as pessoas que vivem fora da cidade são absolutamente incivilizadas. A civilização não é de modo algum coisa facilmente atingível. Há apenas dois processos de nos civilizarmos: um é a cultura, o outro é a corrupção. Nem um nem outro estão ao alcance de toda a gente do campo: por isso estagna.

- Cultura e corrupção - repetiu, como num eco, Dorian. - Conheci algo duma e doutra. Parece-me agora terrível que sempre se encontrem juntas. Pois tenho um novo ideal, Henry. Vou modificar-me. Penso que já me modifiquei.

- Ainda não me disse em que consistiu a sua boa acção. Ou disse que fez mais do que uma? - perguntou o seu companheiro, espalhando no prato uma pequena pirâmide carmesim de morangos e polvilhando-os de açúcar.

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Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 313

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313