A Última Aventura de Sherlock Holmes - Cap. 5: A AVENTURA DOS PLANOS BRUCE-PARTINGTON Pág. 108 / 210

Um emissário do Governo trouxera-a a toda a pressa. Holmes passou os olhos por ela e mostrou-ma.

Há muito peixe miúdo. Poucos estariam em condições de meter ombros a missão de tal envergadura. Os únicos homens que vale a pena considerar são Adolph Meyer, em Great George Streets, 18, Westminster; Louis La Rothiere, em Campden Mansions, Notting Hill; e Hugo Oberstein, de Caulfield Gardens, 18, Kensington. Sabemos que este último estava na cidade na segunda-feira e já não está. Ainda bem que vês alguma luz. O Gabinete aguarda o teu relatório final com a máxima ansiedade. Recebemos pedidos de informações provenientes do mais alto nível. Toda a força armada do Estado está à tua disposição, se precisares.

MYCROFT

- Receio bem - disse Holmes, sorrindo - que os cavaleiros e os cavalos da rainha não nos possam servir de muito neste caso. - Abriu o seu grande mapa de Londres e debruçou-se atentamente sobre ele. - Muito bem, muito bem! - acabou por exclamar, satisfeito. - As coisas começam finalmente a mudar... Bateu-me no ombro, em súbita explosão de entusiasmo. - Vou sair. Fazer um reconhecimento. Só. Não me envolveria em nada de importante sem a companhia do meu camarada e biógrafo, em quem tanto confio. Você fica aqui, e muito provavelmente tornará a ver-me dentro de uma ou duas horas. Se não tiver paciência para esperar, pegue na pena e no papel e comece o relato de como salvámos o Estado.

O entusiasmo de Holmes contagiou-me, sabedor como era de que ele não abandonaria a sua habitual conduta austera, salvo perante um bom motivo de exultação. Esperei toda a longa tarde de Novembro, cheio de impaciência. Por fim, pouco depois das nove, chegou um mensageiro com um recado:

Estou a jantar no Goldini's Restaut, Gloucester Road, , Kensington.





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