Holmes ouviu tudo com extrema atenção, lançando uma pergunta de vez em quando.
- A sua segunda irmã, Sarah... Como são ambas solteiras, podiam viver juntas...
- Ah, o senhor não conhece o feitio de Sarah! Se conhecesse, não diria isso. Experimentei quando vim para Croydon e vivemos juntas até há dois meses atrás. Tivemos que nos separar. Não quero dizer mal da minha irmã, mas é tão metediça e tão difícil de contentar...
- A senhora disse que ela se incompatibilizara com os parentes de Liverpool...
- Sim, e chegaram a ser os melhores amigos do mundo. Se ela até foi para lá, a fim de viver perto deles! Pois agora não há mal que não diga de Jim Browner. Nos últimos seis meses que aqui passou, não falava noutra coisa. Que ele era um bêbado, que não sabia comportar-se... Jim deve ter-lhe dito o que pensava do seu feitio intrometido, sabe, e começaram a desentender-se.
- Muito obrigado, Miss Cushing - disse Holmes, levantando-se e fazendo uma vénia. - A sua irmã Sarah vive em New Street, Wallington, não foi o que disse? Adeus, e lamento muito que tenha sido incomodada, por causa de um problema com o qual, como diz, nada tem a ver.
Passava um trem quando saímos e Holmes chamou-o. – A que distância estamos de Wellington? - perguntou.
- A cerca de quilómetro e meio, sir.
- Óptimo! Vamos, Watson. Devemos bater o ferro enquanto está quente. O caso é simples, mas há um ou dois pormenores muito instrutivos relacionados com ele. Pare numa estação de telégrafo, cocheiro.
Holmes enviou um curto telegrama e, durante o resto da viagem, manteve-se recostado no trem, com o chapéu sobre o nariz para defender o rosto do sol. O cocheiro parou junto de uma casa semelhante àquela de onde saíramos.
