27 de Março. Um dia perdido. Miss Penelosa foi com o Wilson e a mulher a casa dos Sutton.
Comecei a ler O Magnetismo Animal, de Binet e Feré. Que águas estranhas são estas águas! Resultados, resultados, resultados! E quanto à causa... mistério absoluto!
Eis o que estimula a imaginação, mas é uma circunstância contra a qual devo manter-me em guarda. Evitemos as conclusões, as deduções; quedemo-nos no terreno sólido dos factos.
Sei que o transe mesmérico é real, sei que a sugestão mesmérica é real, sei que eu próprio sou sensível a esta força.
Tal é a minha situação actual.
Tenho um grande caderno novinho em folha para registar as minhas notas, e reservá-lo-ei exclusivamente aos pormenores científicos.
Longa conversa com Agathe e mrs. Marden -, ao serão, acerca do nosso casamento.
Pensamos que as férias de Verão (no princípio) seriam o momento mais favorável para o casamento.
Porquê esperar mais?
Mesmo estes poucos meses, tão longos, desagradam-me, mas, como disse mrs. Marden, falta ainda tratar de muitas coisas.
28 de Março. Magnetizado de novo por miss Penelosa.
Experiência que tem muita analogia com a precedente, excepto que a insensibilidade se produziu mais depressa. Ver o Registo A para a temperatura do quarto, a pressão barométrica, o pulso e a respiração, que foram anotados pelo professor Wilson.
29 de Março. Nova sessão de magnetização. Pormenores no Registo A.
30 de Março. Domingo, dia perdido. Estou de mau humor contra tudo o que interrompa as nossas experiências.
Por agora, elas não ultrapassam os sinais físicos que acompanham a insensibilidade, quer ligeira, quer completa, quer extrema.
Contamos depois passar aos fenómenos de sugestão e de lucidez.