»«É um negócio sujo», respondeu o outro. «Mas o dinheiro pagará o nosso trabalho.»
»«Bem, Small», disse o major, «acho que devemos tentar. Primeiro, claro, temos de verificar se a sua história é verdadeira. Diga-me onde está escondido o cofre, que eu peço uma licença e vou à Índia no barco mensal para tratar do assunto.»
»«Mais devagar», disse eu, mostrando-me tão calmo quanto ele estava excitado. «Tenho de ter o consentimento dos meus três camaradas. Já lhe disse que connosco ou são todos ou nenhum.»
»«Que disparatel», exclamou ele. «Que têm aqueles três pretos a ver com a nossa combinação?»
»«Pretos ou não», disse eu, «eles estão nisto comigo, e vamos todos juntos.»
»Bem a coisa acabou com um segundo encontro, em que Mahomet Singh, Abdullah Khan e Dost Akbar estiveram presentes. Falámos outra vez no assunto e, por fim, chegámos a um acordo. Daríamos aos dois oficiais plantas daquela parte do forte de Agra e marcaríamos o lugar da parede onde estava escondido o tesouro. O major Sholto iria à Índia verificar a nossa história. Se encontrasse o cofre, deveria deixá-lo lá, mandar um pequeno iate com provisões para a viagem que ancoraria a certa distância da ilha Rutland, ao qual chegaríamos pelos nossos meios. Finalmente, o major retomaria o seu serviço. O capitão Morstan pedia então uma licença, encontrar-se-ia connosco em Agra, e faríamos ali a divisão do tesouro, ficando ele com a sua parte e a do major. Tudo isto foi combinado sob os mais solenes juramentos que se possam imaginar. Fiquei toda a noite acordado e, pela manhã, tinha os dois mapas prontos, assinados com o sinal dos quatro - Abdullah, Akbar, Mahomet e eu próprio.
»Bem, cavalheiros, estou a cansá-los com a minha longa história e sei que o meu amigo, o Sr. Jones, está impaciente para me pôr atrás das grades.