A Harpa do Crente - Cap. 8: D. PEDRO Pág. 93 / 117

Essa fronte das balas respeitada,

Agora a traga o pó:

Do valente, do bom, do nosso Amigo

Restam memórias só;

Mas estas, entre nós, com a saudade

Perenes viverão,

Enquanto, à voz de pátria e liberdade,

Ansiar um coração.

Nas orgias de Roma, a prostituta,

Folga, vil opressor:

Folga com os hipócritas do Tibre;

Morreu teu vencedor.

Envolto em maldições, em susto, em crimes

Fugiste, desgraçado:

Ele, subindo ao Céu, ouviu só queixas,

E um choro não comprado:

Encostado na borda do sepulcro,

O olhar atrás volveu,

As suas obras contemplou passadas,

E em paz adormeceu:

Os teus dias também serão contados,

Covarde foragido;

Mas será de remorso tardo e inútil

Teu último gemido:

Do passamento o cálix lhe adoçaram

Uma filha, uma esposa:

Quem, tigre cru,





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