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Capítulo 8: D. PEDRO

Página 93

Essa fronte das balas respeitada,

Agora a traga o pó:

Do valente, do bom, do nosso Amigo

Restam memórias só;

Mas estas, entre nós, com a saudade

Perenes viverão,

Enquanto, à voz de pátria e liberdade,

Ansiar um coração.

Nas orgias de Roma, a prostituta,

Folga, vil opressor:

Folga com os hipócritas do Tibre;

Morreu teu vencedor.

Envolto em maldições, em susto, em crimes

Fugiste, desgraçado:

Ele, subindo ao Céu, ouviu só queixas,

E um choro não comprado:

Encostado na borda do sepulcro,

O olhar atrás volveu,

As suas obras contemplou passadas,

E em paz adormeceu:

Os teus dias também serão contados,

Covarde foragido;

Mas será de remorso tardo e inútil

Teu último gemido:

Do passamento o cálix lhe adoçaram

Uma filha, uma esposa:

Quem, tigre cru,

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pág. 93 (Capítulo 8)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 93

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106