Juliana pusera um vestido de chita claro; dois sujeitos que estavam à porta riam, erguiam de vez em quando os olhos para a janela, para aquele de mulher: Juliana, então, gozou! Tomavam-na decerto pela senhora, pela do Engenheiro; faziam-lhe olho, diziam brejeirices... Um tinha calça branca e chapéu alto, eram janotas... E com os pés muito estendidos, os braços cruzados, de lado, saboreava, longamente, aquela consideração.
Passos fortes que subiam a rua, pararam à porta; a campainha retiniu de leve
- Quem é? - perguntou muito impaciente.
- Está? - disse a voz grossa de Sebastião.
- Saiu com a D. Felicidade; foram de carruagem.
- Ah! - fez ele.
E acrescentou:
- Muito bonita noite!
- De apetite, Sr. Sebastião! De apetite! - exclamou alto.
E quando o viu descer a rua, gritou, afetadamente:
- Recados a Joana! Não se esqueça! - mostrando-se íntima, madama, com olho terno para os homens.
Aquela hora D. Felicidade e Luísa chegavam ao Passeio.
Era benefício; já de fora se sentia o bruaá lento e monótono, e via-se uma névoa alta de poeira, amarelada e luminosa.
Entraram. Logo ao pé do tanque encontraram Basílio. Fez-se muito surpreendido, exclamou:
- Que feliz acaso!
Luísa corou; apresentou-o a D. Felicidade.
A excelente senhora teve muitos sorrisos. Lembrava-se dele, mas se não lhe dissessem talvez o não conhecesse! Estava muito mudado!
- Os trabalhos, minha senhora.