Perguntou:
- Porque vamos mudar-nos outra vez, pode-se saber?
- Porporquepe opo sepenhoporiopio nos pos querper pôrpôr napa rupuapa.
O irmão mais novo, no extremo da mesa junto da lareira, começou a cantar a ária Muitas Vezes na Noite Tranquila. Um a um, os outros começaram também a cantar, até fazerem um coro. Ficariam a cantar durante horas, melodia atrás de melodia, canção após canção, até a luz desaparecer por completo no horizonte, até as primeiras nuvens negras surgirem no céu e a noite cair.
Aguardou alguns momentos, escutando-os, antes de começar a cantar com eles. Causava-lhe um sofrimento espiritual escutar o acento do cansaço nas suas débeis vozes frescas e inocentes. Ainda antes de iniciarem o caminho da vida, pareciam antecipadamente fatigados.
Escutou o coro de vozes na cozinha reverberado e multiplicado pelo eco infinito dos coros de infinitas gerações de crianças, e ouviu em todos os ecos o eco desse mesmo acento repetido de cansaço e sofrimento. Todos pareciam cansados da vida antes de nela penetrarem. E recordou-se de que Newman também tinha escutado esse acento nos versos fragmentados de Virgílio, «dando expressão, como a própria voz da natureza, àquele sofrimento e cansaço, apesar da esperança em coisas melhores, que haviam sido experimentados pelos seus filhos em todos os tempos».
Não conseguia esperar mais.
Entre a taberna de Byron e o portão da capela de Clontarf entre o portão da capela de Clontarf e a porta da taberna de Byron, e depois novamente até à capela e novamente até à taberna, passeara lentamente, a princípio, pousando escrupulosamente os pés nos espaços dos desenhos do passeio, e depois dando aos passos o ritmo de versos.