- Não maça nada, Sr. Gray. A que horas devo estar de volta?
Dorian olhou para Campbell.
- Quanto tempo durará a sua experiencia, Alan? - perguntou, em voz calma e indiferente. A presença duma terceira pessoa parecia infundir-lhe uma coragem extraordinária.
Campbell franziu as sobrancelhas e mordeu os lábios. - Umas cinco horas - respondeu.
- Então bastará voltar às sete e meia, Francis. Ou espere: deixe tudo preparado para eu me vestir. Disponha da noite como lhe aprouver. Não janto em casa, por isso não preciso de si.
- Obrigado, Sr. Gray - disse o homem, retirando-se.
- Agora, Alan, não há um momento a perder. Que pesada é esta caixa! Eu levo-lha. Traga você as outras coisas.
Falava apressadamente e dum modo autoritário. Campbell sentia-se dominado por ele. Saíram juntos da sala.
Ao chegarem ao último patamar, Dorian tirou do bolso a chave e meteu-a na fechadura. Então parou e os olhos turvaram-se-lhe. Estremeceu.
- Parece-me que não posso entrar, Alan - murmurou.