Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 15: Capítulo 15

Página 261
Ouvia-se o zumbir duma mosca que volitava pelo quarto e o tiquetaque do relógio retumbava como marteladas.

Quando bateu uma hora, Campbell voltou-se, e, olhando para Dorian Gray, viu-lhe os olhos rasos de lágrimas. Havia na pureza e na requintada finura daquele rosto triste alguma coisa que o enfureceu.

- Você é infame, absolutamente infame! - murmurou.

- Cale-se, Alan! Salvou-me a vida.

- A sua vida? Deus do céu! que vida! Você desceu de degradação em degradação até chegar ao crime. Fazendo o que vou fazer, o que me obriga a fazer, não é na sua vida que eu penso.

- Ah, Alan - murmurou Dorian, com um suspiro -, desejava que tivesse por mim a milésima parte do dó que eu tenho por si.

Ditas estas palavras, afastou-se e pôs-se a olhar para o jardim. Campbell não respondeu.

Passados uns dez minutos bateram à porta, e entrou o criado com uma grande caixa de mogno cheia de drogas, um grande rolo de fio de platina e aço e dois grampos de ferro de feitio um tanto curioso.

- Quer que deixe isto aqui? - perguntou a Campbell.

- Sim, deixe - respondeu Dorian. - E talvez tenha, Francis, de me fazer outro recado. Como se chama o homem de Richmond que fornece orquídeas para Selby?

- Chama-se Harden.

- Sim, Harden. Vá já a Richmond, fale com Harden e diga-lhe que mande o dobro das orquídeas que eu tinha encomendado e que das brancas mande o menos possível.

<< Página Anterior

pág. 261 (Capítulo 15)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Retrato de Dorian Gray
Páginas: 335
Página atual: 261

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 3
Capítulo 3 23
Capítulo 4 47
Capítulo 5 67
Capítulo 6 91
Capítulo 7 110
Capítulo 9 142
Capítulo 10 165
Capítulo 11 181
Capítulo 12 195
Capítulo 13 225
Capítulo 14 236
Capítulo 15 246
Capítulo 16 265
Capítulo 17 279
Capítulo 18 293
Capítulo 19 301
Capítulo 20 313