- Não me agrada isto - disse a mãe de Teddy -, pode morder o pequeno.
- Não fará tal- respondeu o pai. - Teddy está mais seguro com este bichinho do que se tivesse um cão de raça a guardá-lo. Se agora entrasse uma cobra no quarto do menino...
Mas a mãe de Teddy não queria lembrar-se de coisa tão horrível.
De manhã cedo, Ríqui-Tíqui foi tomar o pequeno-almoço na varanda, no ombro de Teddy, e deram-lhe banana e ovo cozido, esteve no regaço de todos sucessivamente, porque todos os mangustos bem-criados têm sempre a esperança de vir a ser um dia mangustos domésticos e ter salas onde possam correr, e a mãe de Ríqui-Tíqui (que vivera na casa do general em Sigáuli) tivera o cuidado de dizer a Ríqui-Tíqui o que havia de fazer se encontrasse homens brancos.
Depois Ríqui-Tíqui saiu para o quintal para ver o que lá havia digno disso. Era um grande eido, só meio cultivado, com roseiras do marechal Niel do tamanho de caramanchões, tílias e laranjeiras, maciços de bambus e tufos de erva alta. Ríqui-Tíqui lambeu os beiços. - É magnífico terreno de caça este - disse. E só de pensá-lo a cauda entumeceu-se-lhe como escova de garrafa, e ele largou a correr de um lado do quintal para outro, farejando aqui e acolá, até que ouviu vozes lamentosas num espinheiro.