- Mas - perguntei atarantado -, o que foi que me designou a mim em especial, entre todos os homens, para receber a visão?
- O facto de, para recebê-la, estar nas condições mentais requeridas, e de um acaso ter posto na sua posse o espelho que devia proporcionar-lha.
- O espelho? Julga, então, que era o espelho de Maria e que se encontrava no quarto na tura o assassino:
- Tenho essa convicção. Maria Stuart tinha sido rainha de França. Devia ter os seus objectos pessoais marcados com as armas reais. O que o senhor tomou por três ferros de lança eram, na realidade, os lírios da França.
- E a inscrição?
- "Sane. X. Pal."? Pode explicá-Ia por "Saneie Crucis
Palatium". Alguém notou a proveniência do espelho. Pertencia ao palácio de Santa-Cruz.
- Holyroodl . - exclamei.
- Precisamente. O seu espelho pertencia a Holyrood.
O senhor acaba de ter um acidente de uma natureza muito singular. Sai dele sem danos. Espero que não se meta em condições de provocar-lhe o regresso.