O Sinal dos Quatro - Cap. 5: 5 - A Tragédia de Pondicherry Lodge Pág. 43 / 133

Estava ainda no limiar da porta, aterrorizado, a torcer as mãos, lamentando-se para si próprio. Subitamente, porém, começou a lamentar-se estridentemente:

- O tesouro desapareceu! Roubaram o tesouro! Ali está o buraco por onde o descemos. Eu ajudei-o a fazer isso! Fui a última pessoa que o viu! Deixei-o aqui na noite passada e quando descia as escadas ouvi-o fechar a porta.

- Que horas eram?

- Eram dez horas. E agora ele está morto, a polícia virá e suspeitarão de cumplicidade minha. Oh, sim, de certeza que vão suspeitar. Mas os senhores não acreditam nisso, pois não? Decerto que não acreditam que fui eu? Ia trazê-los cá se tivesse sido eu? Oh, valha-me Deus! Parece que vou enlouquecer!

Agitou os braços e bateu com os pés numa espécie de frenesim convulsivo.

- Não há motivo para recear, Sr. Sholto - disse Holmes amigavelmente, pondo-lhe a mão sobre o ombro. - Siga o meu conselho e vá até à esquadra participar o caso à polícia. Ofereça-se para os auxiliar no que for preciso. Esperaremos aqui até que volte.

O homenzinho obedeceu, meio estupefacto, e ouvimo-lo descer aos tropeções as escadas escuras.





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