A Harpa do Crente - Cap. 1: A SEMANA SANTA Pág. 11 / 117

Ao sumo aceno

Parava o tempo, a imensidade, a vida

Dos mundos a escutar. Era esta a hora

Do julgamento desses que se alçavam,

À voz de cima, sobre as sepulturas?

XI

Era ainda a visão. Do templo em meio

Do anjo da morte a espada flamejante

Crepitando bateu. Bem como insectos,

Que à flor de pego pantanoso e triste

Se balouçavam — quando a tempestade

Veio as asas molhar nas águas turvas,

Que marulhando sussurraram — surgem

Volteando, zumbindo em dança doida

E, lassos, vão pausar em longas filas

Nas margens do paul, de um lado e de outro;

Tal o murmúrio e a agitação incerta

Ciciava das sombras remoinhando

Ante o sopro de Deus. As melodias

Dos coros celestiais, longínquas, frouxas,

Com frémito infernal se misturavam

Em caos de dor e júbilo.

Dos mortos

Parava, enfim, o vórtice enredado;

E os grupos vagos em distintas turmas

Se enfileiravam de uma parte e de outra.





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