o que foi fraco, o pobre
E o opulento, o orgulhoso e o humilde,
O bom e o mau, o ignorante e o sábio,
Quantos, enfim, depositar vieram
Junto do altar o que era seu no mundo,
Um corpo nu, e corrompido e inerte.
X
E seguia a visão. Cria ainda achar-me,
Alta noite, na igreja solitária
Entre os mortos, que, erectos sobre as campas,
Eram há pouco um fumo que ondeava
Pelas fisgas do vasto pavimento.
Olhei. Do erguido tecto o pano espesso
Rareava; rareava-me ante os olhos,
Como ténue cendal; mais ténue ainda,
Como o vapor de Outono em quarto d’alva,
Que se libra no espaço antes que desça
A consolar as plantas conglobado
Em matutino orvalho. O firmamento
Era profundo e amplo. Envolto em glória,
Sobre vagas de nuvens, rodeado
Das legiões do Céu, o Ancião dos dias
O Santo, o Deus descia.