A Harpa do Crente - Cap. 3: A ARRÁBIDA Pág. 40 / 117

dos céus sobre o ocidente,

Vai provar que um Deus há a estranhos povos

E além das ondas trémulo sumir-se;

Nem, quando, lá do cimo das montanhas,

Com torrentes de luz inunda as veigas:

Não mais verei o refulgir da Lua

No irrequieto mar, na paz da noite,

Por horas em que vela o criminoso,

A quem íntima voz rouba o sossego,

E em que o justo descansa, ou, solitário,

Ergue ao Senhor um hino harmonioso.

VIII

Ontem, sentado num penhasco, e perto

Das águas, então quedas, do oceano,

Eu também o louvei sem ser um justo:

E meditei, e a mente extasiada

Deixei correr pela amplidão das ondas.

Como abraço materno era suave

A aragem fresca do cair das trevas,

Enquanto, envolta em glória, a clara Lua

Sumia em seu fulgor milhões d’estrelas.

Tudo calado





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