A Harpa do Crente - Cap. 9: A VITÓRIA E A PIEDADE Pág. 99 / 117

No plaino pardacento, junto ao marco

Tombado, ou rota sebe,

Aqui e ali, de ossadas insepultas

O alvejar se percebe.

É que essa veiga, tão festiva outrora,

Da paz tranquilo império,

Onde ao carvalho a vide se enlaçava,

É hoje um cemitério!

VI

Eis de esforçados mil inglórios restos,

Depois de brava lida:

De longo combater atroz memento

Em guerra fratricida.

Nenhum padrão recordará aos homens

Seus feitos derradeiros:

Nem dirá: «Aqui dormem portugueses;

Aqui dormem guerreiros.»

Nenhum padrão, que peça aos que passarem

Reza fervente e pia,

E junto ao qual entes queridos vertam

O pranto da agonia!

Nem hasteada cruz, consolo ao morto;

Nem lájea que os proteja

Do ardente sol, da noite húmida e fria,

Que passa e que roreja!

Não! Lá hão-de jazer no esquecimento

De desonrada morte,

Enquanto, pelo tempo em pó desfeitos,

Não os dispersa o norte.





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