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Capítulo 15: XV - Conclusão

Página 172

Provavelmente o leitor deseja saber o que foi feito de Dom Bibas, e das mais personagens desta importantíssima e mui verdadeira história. Dir-lho-emos em breves palavras.

A rainha e Fernando Peres, do Castelo de Lanhoso, aonde se haviam acolhido, se deram a partido ao infante, que aí os tinha cercado. D. Teresa apenas sobreviveu dois anos, e o conde regressou a Galiza ao solar de Trava, que herdara de seu pai.

Dom Bibas reconquistou a paz de espírito com o gosto da vingança; e ainda por muitos anos alegrou os saraus de seu senhor D. Afonso. Morreu velho, deixando o importante cargo que exercitava aos dois célebres truões de D. Sancho I, Bonamis e Acompaniado.

Gonçalo Mendes tornou-se cada vez mais famoso por inauditas façanhas contra a mourisma, até que expirou às mãos dos Sarracenos no recontro de Beja, como já de outra vez vos havemos contado.

O reverendo Martim Eicha voltou para a Sé de Lamego, porque ninguém fez mais caso dele na corte, nem para bem, nem para mal. Lá comeu, bebeu, dormiu, rezou – umas vezes pelo Alcorão, outras pelo breviário.

O bom de Fr. Hilarião foi apagando como pôde, nos lautos banquetes de Afonso Henriques, as saudades de Egas; mas as diligências que fazia para esquecer a sua mágoa custaram-lhe a vida. Morreu de uma indigestão de dobrada, como alguns anos antes morrera o gordo bispo de Santiago, o venerável Hermegildo.

Deus se lembre de suas almas.

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pág. 172 (Capítulo 15)

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Capa do livro O Bobo
Páginas: 191
Página atual: 172

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - Introdução 1
II - Dom Bibas 8
III - O Sarau 18
IV - Receios e esperanças 27
V - A madrugada 38
VI - Como de um homenzinho se faz um homenzarão 45
VII - O homem do zorame 59
VIII - Reconciliação 66
IX - O desafio 80
X - Generosidade 90
XI - O subterrãneo 97
XII - A mensagem 110
XIII - A boa corda de cânave de quatro ramais 123
XIV - Amor e vingança 141
XV - Conclusão 157
Apêndice 173