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Capítulo 1: A SEMANA SANTA

Página 15
Quando a igreja

Rodeiam trevas, solidão e medos,

Que a resguardam coas asas acurvadas

Da vista do que vive, a mão do Eterno

Separa o joio do bom grão e arroja

Para os abismos a ruim semente.

XVI

Não! — não foi sonho vão, vago delírio

De imaginar ardente. Eu fui levado,

Galgando além do tempo, às tardas horas,

Em que se passam cenas de mistério,

Para dizer: «Tremei! Do altar à sombra

Também há mau dormir de sono extremo!»

Vejo ainda o que vi: da sepultura

Ainda o hálito frio me enregela

O suor do pavor na fronte; o sangue

Hesita imoto nas inertes veias;

E embora os lábios murmurar não ousem,

Ainda, incessante, me repete na alma

Íntima voz: «Tremei! Do altar à sombra

Também há mau dormir de sono extremo!»

XVII

Mas troa a voz do monge, e, enfim, desperto

O coração bateu.

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pág. 15 (Capítulo 1)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 15

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106