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Capítulo 4: MOCIDADE E MORTE

Página 61

Sobre as lájeas do duro pavimento

De vergões e de sangue o rosto cobre.

Ergue-se e escuta com cabelos hirtos

Do sino ao longe o compassado dobre.

Sem esperança!...

Não! Do cadafalso

Sobe as escadas o perdão às vezes;

Porém a mim... não me dirão: «És salvo!»

E o meu suplício durará por meses.

Dizer posso: «Existi: que a dor conheço!»

Do gozo a taça só provei por horas:

E serei teu, calado cemitério,

Que engenho, glória, amor, tudo devoras.

Se o furacão rugiu, e o débil tronco

De árvore tenra espedaçou passando,

Quem se doeu de a ver jazendo em terra?

Tal é o meu destino miserando!

Númen de santo amor, mulher querida,

Anjo do Céu, encanto da existência,

Ora por mim a Deus, que há-de escutar-te.

Por ti me salve a mão da Providência.

Vem: aperta-me a dextra.

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pág. 61 (Capítulo 4)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 61

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106